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sábado, 8 de novembro de 2014

Ron Mueck


Faz tempo que não posto nada, muito trabalho e muita correria mas a exposição do Ron Mueck, desta vez em São Paulo, merece um post.

Conheci o trabalho deste escultor australiano que trabalha na Grã-Bretanha pela internet e achava fantástico e torcia para que um dia viesse ao Brasil.

Em março finalmente veio para o Rio de Janeiro no MAM – Museu de Arte Moderna – mas sem previsão nenhuma de acontecer em São Paulo, não tive dúvida fiz um bate e volta no final do mês de Maio para conhecer sua obra e de quebra ir no MAM que sempre tive vontade de visitar.

Ação corretíssima, suas esculturas hiper-realistas são impressionantes pelos detalhes e qualidade técnica, fiquei por horas no museu apreciando cada escultura e ficando maravilhado com que eu via, tinha momentos que parecia que a obra simplesmente iria se mover e sair andando.

Para minha grata surpresa a exposição virá para São Paulo, iniciando no dia 20 de novembro na Pinacoteca de São Paulo, obvio que iriei novamente. Abaixo algumas fotos da exposição. 




























segunda-feira, 17 de março de 2014

domingo, 15 de dezembro de 2013

106 anos do nascimento de Oscar Niemeyer


"Estou longe de tudo
de tudo o que gosto
Dessa terra tão linda 
que me viu nascer
Um dia me queimo
meto o pé na estrada 
E aí no Brasil
que eu quero viver

Cada um no seu canto
Cada um no seu teto
A brincar com os amigos
vendo o tempo correr 
Quero olhar as estrelas
Quero sentir a vida
E é ai no Brasil
que eu quero viver

Estou puto da vida
essa gripe que não passa
de ouvir tanta besteira
Não posso me conter
um dia me queimo
e largo isso tudo
E ai no Brasil
que eu quero viver

Isso aqui não me serve
não me serve da nada
A decisão está tomada
ninguém vai me deter
Que se foda o trabalho
Esse mundo de merda
E ai no Brasil 
que eu quero viver"



Feliz dia do Arquiteto e Urbanista


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Masp não tem Alvará de Funcionamento há 31 anos.


Para quem ficou espantando com o fato do Memorial da América Latina estar a 20 anos sem o Alvará de Licença para local de reunião, temos uma nova informação: O Masp tenta obter a documentação desde 1982.

Foi preciso acontecer mais uma tragédia para a imprensa fazer uma rápida pesquisa no site "De Olho na Segurança" sobre a situação do Museu e de outros espaços culturais da cidade para descobrir o descaso com a documentação legal pelos proprietários/administradores/responsáveis e a incompetência da fiscalização da Prefeitura Municipal.

E a incompetência não tem partido ou cor ideológica, passaram pela Prefeitura neste período que o Masp tenta obter o Alvará os Prefeitos: Mário Covas (1983 a 1986), Jânio Quadros (1986 a 1989) Luíza Erundina (1989 a 1993), Paulo Maluf (1993 a 1997), Celso Pitta (1997 a 2001), Marta Suplicy (2001 a 2005), José Serra (2005 a 2006) Gilberto Kassab (2006 a 2013) e o Atual Fernando Haddad.

Que pelo menos a falta do Alvará de Funcionamento não indique que o Masp e o outros lugares informados na reportagem do Estadão estejam negligentes com os equipamentos e os sistemas de segurança.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Suspensão da Resolução nº 51 do CAU/BR

Ação de tutela antecipada impetrada pela Associação Brasileira de Engenheiros Civis - ABENC  para suspender os efeitos da Resolução nº 51 do CAU/BR, aquela que determina as atividades privativas dos arquitetos foi deferida pela Juiz Federal Lana Lígia Galati em 28/11/2013.

Ficando em suspenso até uma nova resolução em sentido contrário ou uma elaboração em conjunto com o CONFEA/CREA.

Aguardamos a posição do CAU/BR.

Abaixo o link com decisão na íntegra.

Decisão 513/2013 - 9ª Vara Federal

sábado, 30 de novembro de 2013

O Memorial e a falta do Alvará de Funcionamento.


Mais uma tragédia em São Paulo, felizmente sem nenhuma vítima fatal, mas com grande prejuízo cultural.

Era uma obra do Niemeyer que não gostava muito, achava um espaço muito árido e com prédios que pareciam não ter muita comunicação entre eles, fora que sempre foi um local subutilizado e que não teve a acolhida do paulistano como outros espaços culturais da cidade.

O auditório era muito utilizado para congressos e eventos, nos anos 90 foi palco de grandes shows gratuitos e contava um uma tapeçaria lindíssima da artista plástica Tomie Ohtake.

É muito triste saber que pelo menos 90% das instalações internas do auditório, incluindo as obras de artes, foram destruídas pelo incêndio que quebrou vidraças, derreteu metais e provocou rachaduras nas paredes. Nos próximos dias a perícia poderá dizer se houve algum comprometimento na estrutura em forma de abóbada.

E qual o tema que sempre tem vindo à tona nas ultimas tragédias? O local tinha Alvará? Está virando lugar comum. (Auditório do Memorial não tem alvará, diz Prefeitura)

A resposta de que o auditório está com o Alvará de Funcionamento vencido a 20 anos assustam as pessoas que não estão diretamente ligadas neste assunto, para quem trabalha com licenciamento nada que espante muito.

A grande maioria dos lugares de atendimento ao público não possui o documento ou está vencido, quando muito foi protocolado junto a Prefeitura e está perdido em alguma pilha de processo de algum departamento aguardando a análise.

O local não pegou fogo por falta de Alvará ou de qualquer outro documento legal, mas a falta das licenças quase sempre indicam que a manutenção é deficiente ou inexistente, que o espaço não atende os requisitos exigidos nas Normas e Lei, como o desrespeito a quantidade mínima de saídas de emergência, a lotação acima do exigido ou a falta de acessibilidade para pessoas com deficiência.

A necessidade de possuir o documento obrigaria dos responsáveis pela administração do auditório a manutenção periódica para que o local tivesse todas as licenças devidamente atualizadas.

No caso do auditório Simón Bolívar era obrigatório a Licença de Funcionamento para locais de reunião, que é renovada periodicamente, sendo necessário para a sua obtenção a apresentação de diversos documentos entre eles: o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), o Laudo das instalações elétricas, atestando seu funcionamento conforme as Normas Técnicas e o Certificado de Formação de Brigadistas.

Pela reportagem exibida pelo Jornal Nacional o local possuía o AVCB valido até dezembro de 2014, mas conforme informação os os hidrantes e os sprinklers não funcionaram no momento do ocorrido possivelmente fruto de uma manutenção deficiente.

Outra informação preocupante é de que os brigadistas do local utilizaram o extintor de incêndio de água em uma lâmpada em chama o que não é recomendável, principalmente considerando que para obter o AVCB foi necessário apresentar o Certificado de Formação de Brigadistas.

A administração do Memorial informou que o local possuía uma autorização para funcionar emitida em 16 de Maio deste ano pelo Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis), no mínimo estranho pois desconheço outro documento legal para autorizar o funcionamento que não seja o respectivo Alvará de Funcionamento.

O bizarro é a Prefeitura informar que desde 1993 o local não possuía a Licença para funcionar como se ela não tivesse nenhuma responsabilidade sobre isto, no mínimo fiscalizando e autuando o local.

A própria Prefeitura utilizou o auditório no dia 10 de Setembro num evento presidido pelo secretário de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, ou seja o órgão público não verifica nem o local que ele vai utilizar.

Olha, se nem Prefeitura está preocupada com o Alvará de Funcionamento quem estará?